Mamoplastia Oncológica
e Remodelamento da Mama Contralateral
O câncer de mama é uma doença traiçoeira que atinge mais de 6 milhões de mulheres ao redor do mundo. No entanto, caso essa condição seja detectada precocemente, as taxas de cura são altas.
Muitas mulheres, entretanto, ficam com o psicológico bastante afetado após o tratamento, visto que na mastectomia total, ou seja, a remoção completa da mama se faz necessária para retirar todo o tumor.
Com o avanço da medicina, atualmente, existe a possibilidade de realizar a cirurgia plástica de correção mamária associada a retirada de nódulos. Ou seja, além de remover o nódulo, a paciente já realiza a mamoplastia para melhora estética pós procedimento.
Em alguns tipos de câncer, contudo, o tamanho dos tumores não é tão grande e, assim, não se faz necessário retirar a mama completamente. Dessa forma, é realizada a mastectomia por quadrantes. Se a mama original tiver tamanhos que variem de médio a grande, esse paciente não necessitará da colocação do silicone, sendo apenas necessária a mamoplastia oncológica, a qual consiste do remodelamento dessa mama, preenchendo os espaços vazios com o seu próprio tecido mamário. O que pode ocorrer, muitas vezes, é a redução do tamanho da mama.
E o que acontece com o seio contralateral?
O seio contralateral fica, muitas vezes, com uma aparência diferente da outra mama, necessitando, assim, que seu tamanho seja corrigido. Para isso é indicado o remodelamento da área contralateral, a fim de obter um bom resultado estético no final.
O médico Mastologista muitas vezes precisa do auxílio do Cirurgião Plástico, para que possa realizar a retirada dos tumores com menores danos estéticos, e realizar a mamoplastia contralateral ou mesmo para realizar algum tipo de reconstrução mamária.
O Cirurgião Plástico geralmente precisa do parecer de um Mastologista antes de realizar qualquer cirurgia estética mamária, principalmente em caso de achado de cistos ou nódulos nos exames de imagem da mama.
Existem relatos de pacientes desencorajadas a realizar cirurgias estéticas, por considerarem que o procedimento poderá dificultar o rastreamento preventivo do câncer ou o controle radiológico dos nódulos benignos. Na verdade, é preciso saber identificar as possíveis alterações pós-cirúrgicas e manter o acompanhamento da paciente. Nenhuma Cirurgia Plástica, impede a realização dos exames preventivos para manter a saúde mamária em dia.
O Cirurgião Plástico rotineiramente dá alta para as pacientes após seis meses da cirurgia mamária e não faz consultas de rotina preventiva anual, o que fica a cargo do Mastologista.
A possibilidade de poder escolher um cirurgião com as duas especialidades ajuda muito a pacientes que desejam realizar a cirurgia estética e que também manter seus exames de rotina com a mesma médica. Além de, na presença de qualquer alteração, obter uma avaliação mais assertiva pela presença do duplo especialista na mesma consulta.